Socióloga fala da importância do inventivo e resgate da leitura na Tribuna da CMM

por Secretaria de Comunicação CMM publicado 28/10/2022 02h08, última modificação 28/10/2022 02h08

A socióloga Ângela Maria de Carvalho usou a Tribuna da Câmara Municipal de Macapá, durante a 45ª Sessão Ordinária, realizada nesta quinta-feira, 27, para falar sobre o Dia Nacional do Livro, a ser comemorado no próximo sábado, 29 de outubro. Ela atendeu a um convite feito pelo vereador André Lima (REDE).

A data, criada pela Coroa Portuguesa em 1810 para homenagear a fundação da primeira biblioteca brasileira - a Biblioteca Nacional do Livro -, localizada no Rio de Janeiro, então capital do país, busca incentivar e valorizar o hábito da leitura como instrumento de conhecimento e registro da história das sociedades.

Inerente à educação, a socióloga ressaltou a importância da leitura: “Por 25 anos me dediquei à minha livraria. Hoje, sou contadora de histórias e também tenho dois projetos: o “Angelita” e o “Regador de Histórias”, onde faço a venda e também empréstimos de livros incentivando a leitura e os escritores”. Para ela, as novas tecnologias, se utilizadas de forma adequada, funcionam como estímulo ao livro impresso e não como obstáculo: “Por meio do livro impresso faz-se uma leitura mais profunda, ganhamos autonomia como leitores e podemos assim identificar o real valor das informações disponíveis em outros meios”, ressaltou.

Sobre as políticas públicas voltadas para leitura e escrita, Ângela destacou que o grande problema é a implementação das que já existem. “As políticas públicas existem, assim como a Lei Castilho, por exemplo, que trata da estratégia permanente para promover o livro, a leitura, a escrita, literatura e bibliotecas de acesso público, porém falta um olhar mais cuidadoso para que essas políticas sejam verdadeiramente implementadas, a fim de que tenhamos editais para publicação de obras literárias, principalmente no segmento infantil; um fazer diário onde tanto as crianças como o restante da população encontre mais bibliotecas públicas acessíveis, um espaço democrático onde possibilite a descoberta da música, da literatura, novos potenciais e grandes possibilidades. Sempre digo que as bibliotecas deveriam ser encontradas como as farmácias, em grande quantidade e com profissionais voltados para isso como os bibliotecários, porque são eles que conseguem estabelecer da melhor maneira o elo entre o livro e o leitor”, assegurou.
Como encorajamento ao hábito frequente da leitura, a socióloga ressaltou que é fundamental permitir que o livro seja um protagonista no dia a dia dos leitores: “Que a nossa população possa ter acesso de fato a esses equipamentos, que nossos parlamentares incentivem a leitura por meio de seus mandatos, porque são essas atitudes que trazem a mudança e a compreensão da realidade que vivemos e somos chamados a participar como cidadãos”, concluiu.

Secom/CMM
Fotos: Rosivaldo Nascimento